O músico de rua, Luiz Felipe Salinas foi atacado com ovadas em frente a uma loja de instrumentos musicais, onde fazia uma apresentação na rua.
O músico Felipe Salinas de 20 anos, teve um incidente enquanto tocava seu violoncelo na rua. Uma pessoa não identificada, atirou ovos no artista enquanto ele se apresentava.
Ao G1, o violoncelista argumenta que se sentiu humilhado pela situação vexatória. "Olhei para o instrumento, mas não tinha quebrado. Então, percebi que estava todo sujo e se tratava de ovos", contou. "Olhei pra cima e procurei quem tinha feito isso, mas não encontrei. A pessoa se escondeu em seguida".
Mas, infelizmente, o caso de Felipe Salinas não é um caso isolado. Músicos de rua passam por situações vexatórias todos os dias no Brasil. É da nossa cultura tratar com desprezo quem se apresenta nas ruas deste país. Isso está enraizado na nossa cultura. E ninguém sabe dizer como isto aconteceu.
Não é algo normal em um mundo civilizado este rancor, desprezo e agressões a artistas como vemos no Brasil. Em Nova York, é comum ver artistas se apresentando nas ruas. Em Londres, artistas se apresentam em uma ponte e são admirados por quem para para assisti-los. Mas, por que no Brasil há esse desprezo por artistas de rua? Por que artistas de rua são vistos como marginais? São perguntas que temos de nos fazer para mudar esta situação no Brasil.
Este blog já reportou músicos que trabalhavam nas ruas. Como o caso do nosso saudoso Willian Lee (faleceu em 03.07.2017 em decorrência de um câncer), que levava o seu talento às ruas de São Paulo. Confira aqui no blog ( http://gabrieldeaquino.blogspot.com/2017/07/homenagem-willian-lee-rip-03072017.html )
Felipe Salinas conta que toca violoncelo para levantar dinheiro para o seu sustento. Humilde, o jovem músico não tem recursos e não tem um emprego no momento. Disse ainda que, o violoncelo e a música são a sua paixão. Mas, que está tocando nas ruas por necessidade. O que arrecada nas ruas são para o seu sustento e de seu filho.
Mas, diferentemente de muitas outras histórias tristes, a trajetória de Felipe está para mudar de rumo. O infeliz incidente foi impulsionado na internet, levando milhares de pessoas a se sensibilizarem com situação do artista. O músico recebeu ofertas para tocar em vários lugares e ainda recebeu uma bolsa de estudos na universidade UNIMES.
O músico gravou um vídeo agradecendo a oportunidade:
Após a repercussão, o Instagram do artista saltou para mais de 7 mil seguidores em apenas 2 dias. Antes, Felipe Salinas não interagia no Instagram. Tinha 6 seguidores. Mas, viu sua rede explodir da noite pro dia, tendendo a aumentar cada vez mais.
Instagram: @salinas.15
Quem quiser e puder ajudar o músico a continuar a sua árdua caminhada, poderá doar qualquer quantia por PIX.
Chave PIX: 515366058-32
Atualmente o músico está se apresentado em Santos/SP.
Telefone para contato: (15) 99751-4550
A história do jovem músico ainda não terminou. Ela apenas mudou de trajetória.
Mas, fica a reflexão: Como estamos tratando as pessoas? O que sentimos quando vemos alguém tentando sobreviver nas ruas?
A sociedade brasileira precisa mudar urgentemente a maneira com que trata os seus músicos e cidadãos. Especialmente aqueles que levam o seu talento às ruas. Que, com certeza, pela mentalidade do brasileiro, se um artista se apresenta na rua, é por pura necessidade. Muito diferente dos que se apresentam nas ruas dos Estados Unidos e Inglaterra, que vivem a música nas ruas e são respeitados.
Antes de se perguntar o porquê o Brasil não consegue ser um país de 1º mundo, mesmo com tanta abundância de recursos, colocando a culpa em governos de todos os tipos, faça uma introspecção e verifique como você trata as pessoas. Especialmente aquelas que estão em desacordo com o que "você" pensa ser certo. Ao invés de ter repulsa, tente oferecer uma oportunidade àquela pessoa. Às vezes, a pessoa só precisa de uma oportunidade pra crescer. Não é esmola que fará a diferença. Mas sim, a OPORTUNIDADE. Faça a diferença na vida de uma pessoa e fará a diferença para a sociedade inteira.
Não são os bens que fazem um país virar uma nação. São as pessoas que o fazem.
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